“A trama é a fusão entre o ato de tecer a construção de uma peça e uma narrativa, é formada por reticências de um olhar que captura os instantes do vivido. Mnemosyne é a mãe de todas as musas, filha de Urano e Gaia, irmã de Cronos. É quem revela o que foi e o que será. Aquela que carrega o peso das respostas de tudo aquilo que nos intriga: as questões da origem, da identidade, de nossa posição no mundo.
A palavra posiciona e a escrita se configura como a corporificação da memória. A memória é sempre teimosia, pele, película invisível de peso variável sustentada pelas experiências que nos atravessa em Travessias. E se o tempo é um rio, a memória é uma menina em plena correnteza, pescando os peixes que passam. É filtro, rede, dupla fronteira entre tempos.
Tecido é pele, é formação de corpos, é significado de materialidade do sentir sobre o próprio corpo. É pele que veste a tua e a minha respiração, é espaço comum de troca. É vazio, é como deixar o espaço entrar no corpo. É o vazio preenchido pelos espaços que nos abocanham.
Mnemosyne é o próprio desenlaçar nós pelo desenrolar dos palcos da memória em ondulações, sedimentações e dobras temporais. É abertura de espaços por meio do redesenho de texturas. É dar sentido pela hibridação, unindo e ligando pontos em conexão. Mnemosyne é uma coleção de afetos, narrativas íntimas, marcadas da escrita para o corpo, tecitura de raízes, como um espelho mestiço. Um corpo sopro no ar, em arquipélago. É memória sendo carne impressa em um tempo multideterminado.”
A palavra posiciona e a escrita se configura como a corporificação da memória. A memória é sempre teimosia, pele, película invisível de peso variável sustentada pelas experiências que nos atravessa em Travessias. E se o tempo é um rio, a memória é uma menina em plena correnteza, pescando os peixes que passam. É filtro, rede, dupla fronteira entre tempos.
Tecido é pele, é formação de corpos, é significado de materialidade do sentir sobre o próprio corpo. É pele que veste a tua e a minha respiração, é espaço comum de troca. É vazio, é como deixar o espaço entrar no corpo. É o vazio preenchido pelos espaços que nos abocanham.
Mnemosyne é o próprio desenlaçar nós pelo desenrolar dos palcos da memória em ondulações, sedimentações e dobras temporais. É abertura de espaços por meio do redesenho de texturas. É dar sentido pela hibridação, unindo e ligando pontos em conexão. Mnemosyne é uma coleção de afetos, narrativas íntimas, marcadas da escrita para o corpo, tecitura de raízes, como um espelho mestiço. Um corpo sopro no ar, em arquipélago. É memória sendo carne impressa em um tempo multideterminado.”
Mnemosyne- Exposição de Renata Santiago
Reviewed by meiofiodepesquisaeacao
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maio 14, 2019
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